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   Hm, eu gosto de rock, games(de terror principalmente :3), creepypastas, gosto do japão,anime e coisas assim. 
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oi

Capítulo 1
Capítulo 1

             Nunca esquecerei aquela manhã, a manhã em que apareceu o primeiro gato.

             No entanto, o céu estava azul, tão claro. O vento tinha cheiro de flores. As férias estavam começando e eu estava feliz. Como eu poderia imaginar o horror que viria?

              Naquela manhã, eu pedalava alegremente em direção à casa do Dado, uma bela construção antiga quase toda recoberta de hera, na entrada de um bosque, distante somente dois quilômetros da nossa casa. Desde o dia em que eu aprendera a andar de bicicleta, mamãe me deixava ir sozinho à casa dele, quando não tinha aula. A estradinha não era perigosa porque quase nunca passava ninguém. Eu achava que, talvez, ele me levasse para pescar. Já sabia que iria passar aqui todo o verão. Papai fora despedido da fábrica de sapatos. Meus pais me explicaram, constrangidos, que este ano nãopoderíamos ir à praia, acampar, como sempre. Eu vi que eles tinham medo de me magoar. Mas eu não me importava em não ir à praia. Passaria o verão com o Dado, e isso era bem mais interessante.

              Não, eu nem imaginava o que aquele verão me reservava. O céu estava tão bonito! Uma andorinha cantava lá no alto. E o vento tinha cheiro de flores. Deixei a estrada e peguei a trilha que leva a casa do Dado. Larguei minha bicicleta na grama, e corri em direção à entrada. E vi o gato...

               Era um lindo gato, um gato preto, com um pelo tão liso e brilhante, que parecia ter sido pintado com laca. Ele estava sentado no meio da trilha, as costas retas, as duas patas dianteiras juntas, e seu longo rabo colocado pra frente. O bigode esticado, as orelhas em pé, ele me olhava chegando, sem pestanejar. Quando me aproximei, vi que era todo preto, sem o menor pelo branco.

               Gosto de gatos. Mas, passando perto dele, não me debrucei para acariciá-lo . Este gato me intimidava. Ele parecia tão... hum? Tão seguro de si! 

               Corri em direção à entrada da casa chamando:

               -Dado! Você está aí? Sou eu!

               Ele saiu de sua pequena cozinha e colocou suas mãos sobre meus ombros: 

               -Tudo bem, Tião?

               Nós nunca nos abraçávamos. Mas ele tinha um jeito de me agarrar pelos ombros que era mais do que um abraço.

               Ele era meu avô adotivo, pois eu não tenho avós. Meu pai e minha mãe são órfãos, foram criados em orfanatos sem família. Com certeza foi o que os aproximou quando se conheceram. Eles se amaram, se casaram. Sonharam ter uma grande família com muitos filhos, a família que nunca tiveram. Mas as coisas nem sempre são como sonhamos. Nasci, e o parto foi difícil. Os médicos disseram para minha mamãe que ela nao poderia mais ter filhos; e é por isso, que ás vezes eu sinto seus olhos sobre mim, tão sonhadores.

               Dado tinha se mudado para esta região pouco antes do meu nascimento. Havia simpatizado com meus pais. Depois, me adotara como neto. Quando ele pasava na frente da nossa casa com sua velha caminhonete aos solavancos para ir à cidade, nunca esquecia de dar 3 buzinadinhas.

               Aí, dizíamos:

               -Lá vai o Dado para a feira!

               Seu verdadeiro nome era Damasceno. É por isso que chamavámos de Dado, era mais fácil.

               -Dado, que gato é este?

               -Não sei de onde ele veio - disse levantando os ombros. - Estava aí quando abri a porta esta manhã. Não esta magro nem com fome. Eu lhe dei restos de frango, mas ele nem tocou.

               -Pode ser um gato elvagem que esta acostumado a procurar sua comida?                  

               -Talvez. Mas não parece um gato selvagem. Ele está bem cuidado, tão liso! E você viu? - acrescentou rindo. -  Ele é preto como o diabo!

               Rimos juntos. Se soubéssemos...

               Não, nem tínhamos idéias, naquela manhã. O verão estava começando,e o que mais seria do que uma longa continuidade de dias ensolarados?

               Estávamos tão bem juntos, Dado e eu! Quando eu era pequeno, ele me chamava de "meu ratinho". Aí eu creci, e começou a me chamar Tião. Mas ainda acontecia de me chamar de "meu ratinho". Ele tinha casado.